quarta-feira, 20 de abril de 2011

Poesias

ADVERBIAL


Tudo tão de vez em quando e através
repetidamente entretanto
do mesmo modo de antes
e que será sempre de agora em diante
às vezes ao meio ou de viés
aliás pouco importa como
contanto que sobremaneira assim.

Qualquer hora alhures
muito embora por acaso algures
desde que amiúde portanto
em que pese o quanto dure
ainda que talvez não seja tanto
todavia
pelo menos até o instante possível
pois se for depois de já
sobretudo continuará sendo infinitamente ontem.

Além disso enquanto houver
espaço entre o Nunca e o Então
tudo afinal em harmonia
não obstante absolutamente imprevisível
logo ao mesmo tempo sim e não.






LEVEZA


Os sapatos são para os pés
chão:
repercutem os passos
por onde lhes convidam
os pés,
indo distâncias desmedidas,
mal sabidas…

Entretanto,
o ato de não pisar
corresponde a asas
(finas,
tensas,
tenras),
e tudo o que é aéreo
serve de amparo
(mesmo quando invisível).

As abelhas, por sua vez,
não desenvolveram hábitos
para chão – pousam;
parecem desequilibrar-se
quando soltas de si,
enquanto secam orvalhos
condensados sob vigília.

Os sapatos, em compensação,
pedem cera ou verniz
quase infelizes ao pé da cama.

Na planta dos pés as flores
já nascem esmagadas.
Ao largo do que se pode ver,
o voo trôpego de uma garça
reflete nuvens indecisas
de arrebol.






CORPO DE ALUGUEL


aluguei o meu corpo a mim
por inestimável período
por acaso ele nem me pertence
e não pertence a

sobretudo descartável
o meu não-meu corpo
não depende de mim
do qual descendo
adoece
pulsa
respira
e morre
sem eu permitir

de mim mesmo só possuo o nome
a aparência fica por conta da linhagem
destroçada séculos após séculos

e eu nem estava ainda
aqui






FLOR 'INDA


linda
ainda
finda
a tarde
e enquanto
finda
lentamente
na berlinda
com o sol
preso
à guinda
reflete
o rosto
geométrico
de Florinda
embora
agora
rescinda
amanhã
seja
novamente
bem-vinda

(Poemas extraídos do livro ATALHOS E NUANÇAS de Carlos Laet)

Poesia

OS MISTÉRIOS DE MARILENE


Os mistérios de Marilene
que eu ainda não desvendei
pervagam etéreos
no coração cristalino de um astrolábio
perdido nos confins do nunca.

Os mistérios de Marilene
permeiam lábios impronunciados
em êxtase
úmidos de finalidades afins
desnorteiam-me
de tentar tangê-los e de tentar tingi-los.

Invioláveis mistérios
os de Marilene
circundam a minha cabeça
em mil e um outros
multiplicando-se à medida em que os desejo saber
mistérios são para seduzir – e é
o que eles me fazem:
incitam consequências volúveis
de evidências dicroicas
aduzem meandros de cores
insinuando um caleidoscópio a que só ela
interfere.
Mistérios estes, os de Marilene!...  

(Poema classificado entre os 10 Melhores no Concurso Asabeça 2009)

terça-feira, 19 de abril de 2011

Praia de Bom Jesus dos Pobres on Twitpic

Praia de Bom Jesus dos Pobres on Twitpic

Divina

Vocês precisam ouvir, conhecer e contratar uma das grandes vozes desse nosso Brasil: LÍVIA MILENNA - quem tiver a oportunidade vai se deliciar, inclusive com um disco novo na praça intitulado "Olhos de Pagu". Quem tiver interesse em adquirir o seu disco contacte 75-81216304 - é imperdível.
Laet

Músico

Gente! Tem um compositor baiano lá de Santo Amaro da Purificação que é fera: MÁRCIO VALVERDE - é um amálgama de todos os estilos da MPB com um toque especialíssimo e muito original. Já tocou na banda de Roberto Mendes e é seu parceiro em muitas composições, bem como autor de músicas gravadas por alguns artistas baianos, inclusive Maria Bethânia na 7ª faixa do disco "Tua" intitulada "Você Perdeu". Contatos pelo celular 75-81216304

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Grosseria

Que falta de educação do Sr Caio Blinder, pseudo-jornalista de uma emissora que se diz tão cult. Pior! Brasileiro. Com essa, nossa má fama subiu.